sexta-feira, 21 de março de 2008

Católicos celebram Paixão de Cristo nesta sexta-feira

Conhecido como o dia em que se celebra a morte de Jesus Cristo, a Sexta-Feira da Paixão, não é, para os católicos, um dia de luto. Segundo o padre Carlos Gustavo Haas, assessor de liturgia da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o único dia no ano em que não se celebram missas retoma a paixão e a livre entrega de Jesus.

Os ritos centrais dessa tradição são a proclamação do evangelho da paixão e a adoração da cruz. “Essa celebração tem um evangelho bastante longo, que conta toda a história dos últimos momentos de Jesus, com interação da comunidade nas falas do evangelho. Depois disso, os fiéis têm a oportunidade de adorar pessoalmente a cruz de Cristo, ato que pode ser feito com um beijo, um toque ou mesmo uma inclinação”, explica Haas.

Haas destaca que, mesmo com as celebrações, o dia é de reflexão, silêncio e oração. Ele diz ainda que não adianta respeitar parcialmente o jejum e a abstinência. “Neste dia, os católicos não devem comer carne. Vamos deixar para festejar no dia da ressurreição e aproveitar para repartir o que deixarmos de comer”, diz. No entano, o padre explica que o jejum e a abstinência podem ser substituídos por uma obra de caridade.

Pelo país

Na maioria das comunidades do país, geralmente na noite da Sexta-Feira Santa, é representada a chamada Via Sacra. Segundo Haas, esse “caminho sagrado” percorre teatralmente o trajeto percorrido por Jesus de Jerusalém ao calvário.

Em em Nova Jerusalém, em Pernambuco, onde é realizada uma popular montagem da Via Sacra, a celebração teatral conta com Thiago Lacerda no papel de Jesus Cristo e a Miss Brasil Natália Guimarães como Maria Madalena.

Em Brasília, a celebração acontece em Planaltina, às 15h e, segundo Haas, costuma reunir milhares de pessoas. Em Porto Alegre, também no período da tarde, a representação acontece no Morro da Cruz. “São festas muito grandes espalhadas pelo país e as representações atraem até mesmo pessoas que não são católicas. É plasticamente muito bonito e uma forma mais envolvente de contar essa bela história”, diz.

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