quinta-feira, 12 de abril de 2012

Processadores multinúcleos vão virar mini-Internets

Já faz alguns anos que os processadores de computador não ficam mais rápidos.

Para manter os aumentos constantes de velocidade que softwares e consumidores ficaram acostumados, os fabricantes de chips começaram vendendo dois processadores pelo preço de um.

Hoje eles já vendem de seis a oito processadores pelo preço de um só, os chamados processadores multi-núcleos, que nada mais são que vários processadores encapsulados dentro de uma única pastilha de silício.

Mas mesmo esta estratégia está encontrando suas limitações.

Internet em um chip

O problema é que os núcleos intercomunicam-se usando um único barramento: um único conjunto de fios por onde os dados passam.

Isso significa que, em um determinado momento, apenas dois núcleos estão trocando dados, uma séria limitação para uma tendência que já ousa falar em centenas e até milhares de núcleos no mesmo chip.

Agora, Li-Shiuan Peh e seus colegas do MIT acreditam ter encontrado a solução para esse gargalo.

Eles foram buscar inspiração na internet, para propor que, assim como os computadores da rede mundial, os núcleos de um processador multicore devem transmitir e receber informações em "pacotes" de dados.

Cada núcleo deverá ter seu próprio roteador, que poderá enviar cada pacote por diversos trajetos, dependendo da condição da rede interna do processador a cada momento.

Além dos barramentos

"Os barramentos atingiram seu limite. Eles tipicamente atendem a oito núcleos," diz a pesquisadora, comentando que os chips de 10 núcleos já possuem um segundo barramento, mas que isso não vai funcionar para centenas de núcleos.

"Barramentos consomem um bocado de energia porque eles dependem de fios longos para atingir oito ou 10 núcleos ao mesmo tempo," complementa.

Na sua "rede em um chip", a Dra. Peh propõe que cada núcleo fale apenas com os quatro núcleos mais próximos: "Assim, você precisa de segmentos pequenos de fios, permitindo reduzir a tensão."

Unicamp começa a disponibilizar aulas via internet

A exemplo do que já fazem as maiores universidades do mundo, a Unicamp começou a gravar e disponibilizar aulas, que poderão ser assistidas por qualquer pessoa por meio da internet.

A gravação das primeiras aulas foi feita pela Univesp TV, canal digital da TV Cultura de São Paulo.

Em seu site no Youtube, a Univesp disponibilizou um programa-piloto com os conteúdos das aulas de Cálculo 1 (1, 5, 6 e 7) e de Física 1 (que reúne os programas 1 a 4) - as disciplinas de maior demanda pelos alunos da instituição.

A intenção é, segundo o pró-reitor de Graduação da Unicamp, Marcelo Knobel, ampliar as oportunidades de estudo de graduandos desta e de outras universidades brasileiras.

"Ofertamos um novo tipo de acesso às aulas com vistas à expansão do ensino superior público", informa.

Aulas na internet em português

Knobel comenta que a geração de conteúdos será feita regularmente e envolve um convênio entre a Unicamp e a Univesp para filmar e disponibilizar cursos completos via Internet.

"No país, há poucas oportunidades dessas, de cursos formatados em português", afirmou.

As aulas poderão também ser acessadas brevemente no OpenCourseWare (OCW), um portal que hospeda conteúdos educacionais em formato digital, originários de disciplinas de cursos de graduação e oferecidos à comunidade gratuitamente.

Fonte: Unicamp

Sacolas plásticas podem ser recicladas em fibras de carbono

O polietileno usado em sacolas plásticas pode ser reaproveitado para a produção de um material muito mais valioso do que o próprio material original: fibras de carbono.

As fibras de carbono estão entre os materiais mais "high-tech" da atualidade, presentes em carros de corrida, equipamentos esportivos, aviões e sondas espaciais.

As sacolas plásticas, por outro lado, estão sendo banidas porque não são recicladas adequadamente, ainda que não exista ainda um substituto ambientalmente vantajoso para elas.

Amit Naskar e seus colegas do Laboratório Oak Ridge, nos Estados Unidos, desenvolveram um processo que não apenas permite a utilização do polietileno para a fabricação de fibras de carbono, como também possibilita ajustar o produto final para aplicações específicas.

"Acreditamos que nossos resultados trarão para a indústria uma técnica flexível para fabricar fibras tecnologicamente inovadoras em inúmeras configurações, de aglomerados de fibras a não-tecidos de fibra de carbono," disse Naskar.

Sulfonação

O novo processo, que está em processo de patenteamento, é descrito como uma "combinação de tecelagem multicomponente de fibras com uma técnica de sulfonação".

O produto final pode ter seu contorno superficial, assim como o diâmetro de cada filamento, ajustado com precisão durante o processo de fabricação - a precisão dessa manipulação alcança a escala dos nanômetros.

Outra possibilidade é a fabricação de materiais porosos, adequados para filtragem, catálise e colheita eletroquímica de energia.

"Nós mergulhamos o aglomerado de fibras em um ácido contendo um banho químico, onde ele reage e forma uma fibra negra que não irá se fundir novamente. É essa reação de sulfonação que transforma as fibras do plástico em uma forma não fundível," explica Naskar.

"Neste ponto, as moléculas plásticas se ligam, e não irão fundir ou fluir com novo aquecimento. A temperaturas muito altas, essa fibra retém a maior parte do carbono, enquanto a maior parte dos outros componentes volatiliza em diferentes compostos ou gases," complementa.

Ao falar sobre as aplicações possíveis do material reciclado, o pesquisador é lacônico: "as possibilidades são virtualmente ilimitadas".

Fonte: Redação do Site Inovação Tecnológica

Luz faz matéria atravessar paredes

Cientistas da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, usaram luz para empurrar elétrons através de uma barreira impenetrável pelos padrões da física clássica.

Embora o chamado tunelamento quântico esteja estritamente associado com a natureza de onda das partículas subatômicas, esta é a primeira vez que o fenômeno foi induzido e controlado por luz.

Partículas normalmente não conseguem atravessar paredes. Contudo, se elas forem pequenas o suficiente, passam a assumir uma dupla personalidade, sendo partícula e onda.

E, assumindo-se como ondas, a mecânica quântica dá-lhes a permissão para que elas atravessem barreiras de outra forma intransponíveis: é o chamado tunelamento quântico.

Partículas de matéria com luz

Enquanto, na física clássica, ao se deparar com uma barreira, uma partícula é sempre refletida, na mecânica quântica a função de onda dessa partícula/onda não assume um valor zero instantaneamente, o que significa que ela pode atravessar a barreira, dependendo de sua energia e da espessura da barreira.

Controlar esse processo com luz é outra história, mas uma história que pode ter no final os chamados condensados - o equivalente de supercondutores e superfluidos, também capazes de viajar sem qualquer perda ou "atrito", mas em materiais semicondutores.

Peter Cristofolini e seus colegas conseguiram o feito juntando matéria com luz - elétrons com fótons - para criar uma espécie de nova partícula, que eles batizaram de dipolaritons.

"Os filhos desse casamento da matéria com a luz são realmente novas partículas indivisíveis, feitas tanto de luz quanto de matéria, que desaparecem através de paredes de semicondutores à vontade," explica o pesquisador.

Ou seja, tornado um só, o par fóton-elétron pode ser controlado como um feixe de luz, mas movimentando matéria através de matéria.

Como, pelo tunelamento controlado por luz, a matéria manipulada pode ser considerada como estando em dois lugares ao mesmo tempo, essas novas partículas eletrônicas poderão ser usadas para transferir informações da física em escala atômica para a física em escala humana - em outras palavras, tornar a mecânica quântica visível a olho nu.

Unificação satélite-celular permite produzir mais madeira com menos árvores

As comunicações via satélite estão mudando a forma como a indústria florestal faz o abate de árvores.

A Agência Espacial Europeia (ESA) está testando um novo sistema que combina satélites artificiais e serviços de telecomunicações móveis, ou celulares, para transmitir informações importantes quase instantaneamente entre dois pontos quaisquer na Terra.

O objetivo pode até soar estranho ao primeiro contato, mas é bastante concreto: produzir mais madeira usando menos árvores.

Isso é possível porque as árvores não crescem todas com os mesmo "talentos".

Algumas são melhores para fabricar celulose, enquanto outras são mais adequadas para serem usadas como toras, para serem cortadas em pedaços de madeira, tornando-se mais valiosas.

As árvores-toras têm diâmetros maiores, são mais retas e têm menos nós. Cortar estas árvores valiosas para a produção de celulose é um desperdício, e reduz o valor da colheita.

Unificação satélite-celular

Com a ajuda da ESA, a empresa irlandesa Treemetrics está desenvolvendo um sistema que permite a comunicação em tempo real com os operadores das máquinas de colheita de árvores.

Os responsáveis pelas colheitas podem enviar instruções diretamente para os computadores dos veículos, indicando aos operadores como podem otimizar o uso das árvores.

A Treemetrics desenvolveu uma nova forma de avaliar o valor de uma safra antes da colheita de madeira utilizando escâneres 3D a laser para medir a forma, tamanho e linearidade das árvores em pé.

Com base no pedido do cliente, um programa de computador cria uma instrução de corte, que diz à máquina e ao seu operador como fazer o abate das árvores.

Até agora, porém, era complicado e demorado fazer essa informação chegar até os operadores, trabalhando em florestas em pontos remotos.

Agora, a ESA criou o elo perdido nessa cadeia: a ligação bidirecional em tempo real, ou quase em tempo real, com os veículos florestais.

Trata-se de um sistema híbrido que combina a comunicação via satélite com a comunicação por celular.

Monitoração máquina-a-máquina

O sistema, chamado Satmodo, consiste em um módulo híbrido de comunicação - via satélite e celular - instalado no veículo, que transmite dados em tempo real através do IsatM2M.

O IsatM2M é um serviço de mensagens via satélite de duas vias que permite a localização e monitoração máquina-a-máquina em qualquer lugar do mundo.

O Satmodo oferece também uma "rede de segurança" para os operadores que trabalham em locais remotos, mantendo-os conectados continuamente mesmo em áreas onde as redes de telefonia celular não funcionam.

Para testar o sistema, o aparelho de comunicação será instalado em 20 tratores, permitindo monitorar máquinas individuais ou grupos de máquinas.

Os resultados da colheita serão geridos em tempo quase real, criando assim um sistema de gestão totalmente integrado.

Possibilitando reunir informações sobre o rendimento real da madeira por hectare, e enviando esses dados para os operadores, o valor da colheita pode ser determinado quase em tempo real, quando hoje é necessário esperar até o término do corte da floresta toda.

Fonte: ESA

Microimplante pode acabar com problemas nas veias

Cientistas alemães estão desenvolvendo uma prótese para as válvulas das veias.

Ao contrário das válvulas cardíacas, que, quando dão defeito, são rotineiramente substituídas por implantes, quando as válvulas das veias dão problema, o único tratamento disponível é via medicação, nem sempre com os resultados esperados.

Mas essa situação está prestes a mudar - para muito melhor.

Válvulas das veias

Se você não sabia que veias têm válvulas, basta se perguntar por que é que o sangue não se acumula nas pernas, puxado pela gravidade.

Na verdade, às vezes ele se acumula, provocando edemas e até úlceras, um mal que acomete duas vezes mais as mulheres dos que homens.

Para ajudar o coração, as veias possuem válvulas que se fecham após cada pulsação.

Assim, nas veias das pernas, por exemplo, a válvula se fecha e evita que o sangue que acaba de ser bombeado pelo coração desça novamente, puxado pela gravidade.

No próximo batimento, ele sobe um pouco mais, parando na próxima válvula, e assim por diante.

Implante para veias

O problema é quando as válvulas venosas deixam de funcionar, gerando a chamada deficiência venosa crônica.

O Dr. Oliver Schwarz e seus colegas do Instituto Fraunhofer criaram o primeiro protótipo de um implante que, depois dos testes clínicos necessários, poderá se tornar uma alternativa definitiva para as "veias fracas".

Imitar a membrana natural foi possível graças a um equipamento inovador, um aspersor 3D, que permite a criação de estruturas plásticas em formato livre.

É uma espécie de impressão 3D mais avançada, uma vez que as camadas não precisam ser aplicadas sobre uma base plana, permitindo criar estruturas extremamente complexas e muito precisas.

"A tecnologia de distribuição de gotas 3D é uma técnica de fabricação aditiva que permite que geometrias tridimensionais sejam criadas camada por camada usando um polímero," resume o Dr. Schwarz.

Camadas sem costura

O polímero usado é o policarbonato-uretano (PCU), um plástico particularmente forte, mas flexível, e que se liga facilmente aos tecidos circundantes.

Como a impressão 3D de formato livre permite a criação de películas muito finas, o material se mostrou o substituto ideal para as válvulas das veias.

Isso depois que os engenheiros aprimoraram a "impressão", que, para funcionar como as válvulas biológicas, precisa de nada menos do que seis camadas com diferentes graus de elasticidade e dureza - e sem nenhuma "costura", ou seja, com um material aparentemente homogêneo.

Quando aprovados pelas autoridades de saúde, os implantes venosos poderão ser inseridos nas veias dos pacientes por catéteres.

Fonte: Criado um implante para substituir válvulas das veias

O que fazer quando alguém bate a cabeça?

Você não precisa ser lutador de boxe para sofrer uma concussão cerebral e nem cabeceador profissional para sentir os impactos diretamente em seu cérebro.

Milhões de pessoas sofrem lesões cerebrais no seu dia-a-dia, em quedas no banheiro, em uma calçada mal pavimentada ou simplesmente batendo a cabeça em um parque de diversões.

A maioria dessas ocorrências envolve crianças, adolescentes e adultos acima de 65 anos.

E o que fazer quando isto acontece?

Como cuidar de alguém que bateu a cabeça?

Esclarecer isto é a intenção do Dr. Chris Hummel, da Universidade Ithaca, em Nova Iorque (EUA), principalmente porque há muitos mitos e descobertas recentes que colocaram de cabeça para baixo as recomendações médicas na área.

Por exemplo, se você for chamado à escola porque seu filho acabou de bater a cabeça, você vai permitir que a criança durma enquanto você dirige até o médico?

"Houve uma época em que deixar uma pessoa que sofreu uma concussão adormecer era considerado um risco de vida," disse Hummel.

"Mas as pesquisas atuais mostram o contrário. Dormir é realmente a melhor coisa para um indivíduo que levou uma pancada na cabeça. O descanso físico e mental ajuda a pessoa a se recuperar de uma concussão," esclarece o pesquisador.

Ele acrescenta que cuidar de concussões, sobretudo aquelas que levam a um estado de choque, é muito complicado e deve ser feito apenas por pessoas com treinamento especializado nesse tipo de acidente.

Ainda assim, é importante que os pais, amigos, colegas e parentes saibam a diferença entre fato e ficção quando o assunto são os cuidados básicos que envolvem pessoas que levaram pancadas na cabeça.

FICÇÕES

Uma tomografia computadorizada normal consegue descartar uma lesão cerebral

"Uma concussão resulta de um evento neurometabólico causado pelo trauma," explica Hummel. "De forma bem simples, há um desequilíbrio dos produtos químicos necessários, ou do combustível que ajuda o funcionamento do cérebro quando alguém sofre uma concussão.

"Isso não é uma lesão estrutural, então uma tomografia computadorizada não vai identificá-la. A tomografia computadorizada consegue visualizar apenas danos estruturais."

Um indivíduo que tenha ficado inconsciente sofreu um dano pior do que alguém que não perdeu a consciência

"Uma pessoa não tem que ser nocauteada para ter tido uma concussão grave," disse Hummel. "Em alguns casos, as pessoas que ficam inconscientes podem sofrer traumas menos graves. Em ambos os casos, a gravidade da lesão não pode ser definida por dias ou semanas."

Um impacto de grau um é menos grave do que um choque de grau três

"Nós costumávamos classificar as concussões em graus durante o diagnóstico inicial, mas não fazemos mais isto porque agora sabemos que é difícil avaliar com precisão a gravidade de uma concussão imediatamente," esclarece Hummel. "Temos que esperar e ver como os sintomas desaparecem com o tempo antes que possamos determinar se a concussão é grave ou não."

Quanto maior é o impacto, maior é o dano cerebral

"Nem sempre um forte impacto na cabeça produz uma lesão cerebral," disse Hummel. "Qualquer contato com a cabeça ou com o corpo que force um movimento rápido da cabeça pode causar uma concussão cerebral."

Uma pessoa pode voltar a trabalhar logo depois de uma concussão

"Não," diz Hummel. "Normalmente, leva de uma a duas semanas para os sintomas da concussão desaparecerem e para o cérebro voltar a funcionar a plena capacidade.

"Não é só porque alguém afirma que tudo 'clareou' novamente que deve retomar suas atividades normais. Isso pode não ser seguro."

Capacetes evitam lesões cerebrais

"Capacetes para ciclistas, skatistas e trabalhadores da construção civil são projetados para prevenir fraturas no crânio, e não lesões cerebrais," esclarece Hummel.

"Se um capacete se ajusta e está adequadamente colocado, ele pode reduzir o risco ou a gravidade dos danos, mas um capacete não é capaz de evitar uma concussão cerebral, ainda!"

FATOS

Um indivíduo que teve uma lesão cerebral tem maior probabilidade de ter outra do que uma pessoa que nunca sofreu um acidente desse tipo

"Uma vez que alguém teve uma concussão, o limiar para sofrer outra concussão pode ser diminuído. Além disso, se uma pessoa sofre outro golpe antes de estar totalmente recuperada, os sintomas resultantes podem ser agravados e resultarem em uma recuperação mais prolongada.

"Há também um fenômeno raro, chamado Síndrome do Segundo Impacto, que pode causar diminuição do fluxo sanguíneo cerebral, ou mesmo a morte, se um indivíduo sofrer outro trauma antes de ter-se recuperado completamente."

Concussões devem ser tratadas e administradas em uma base individual

"O cérebro é um órgão incrivelmente complexo, o mesmo acontecendo com os processos neuroquímicos que o governam," disse Hummel. "Não há duas concussões exatamente iguais, da mesma forma que os cérebros de dois indivíduos quaisquer nunca são idênticos."

Se você suspeitar que alguém teve uma concussão, assuma que é uma concussão

"Se uma pessoa descreve dor de cabeça ou tonturas, mostra sinais de problemas de equilíbrio, ou dificuldade para lembrar-se das coisas, assuma que o indivíduo teve uma concussão cerebral e leve-a para uma avaliação por pessoal médico qualificado," concluiu Hummel.

Fonte: Redação do Diário da Saúde

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Dados de 10 milhões de cartões de crédito Visa e Mastercard são roubados nos EUA

Crackers podem ter obtido mais de 10 milhões de números de cartão de crédito após a violação da rede de uma empresa que processa pagamentos nos EUA. A informação foi divulgada hoje pelo blog especializado em segurança de Brian Krebs.

O nome da empresa processadora de pagamentos não foi divulgado, mas, segundo Krebs, Visa e MasterCard começaram a alertar bancos em todo o país. A invasão teria acontecido entre 21 de janeiro e 25 de fevereiro.

A MasterCard confirmou estar investigando o assunto.

De acordo com a empresa, "estamos investigando um potencial comprometimento dos dados de uma empresa norte-americana e, como resultado, temos alertado sobre certas contas MasterCard que estão potencialmente em risco". Segundo a companhia, "é importante ressaltar que os sistemas próprios da MasterCard não foram comprometidos."

A Visa também divulgou comunicado em que afirma estar ciente do roubo de dados, que chamou de "incidente afetando uma empresa terceirizada, que envolve todas as grandes marcas de cartão de crédito". Segundo a Visa, os sistemas próprios não foram invadidos, incluindo os da VisaNet, que faz os processamentos.

Fonte: IDG Now!

Novo microscópio eletrônico enxerga um décimo do diâmetro de um átomo

Pesquisadores da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, afirmam ter descoberto uma forma de "revolucionar a microscopia eletrônica".

O professor John Rodenburg e sua equipe apresentaram uma técnica, chamada pticografia, que poderá criar as imagens de mais alta resolução já vistas.

"Nós demonstramos que podemos aumentar o limite de resolução de uma lente eletrônica por um fator de cinco. Uma extensão do mesmo método deverá alcançar a mais alta resolução já obtida em imagens por transmissão, cerca de um décimo do diâmetro de um átomo," afirma o pesquisador.

Observação de amostras vivas

A técnica é aplicável a microscópios que utilizem qualquer tipo de onda e tem outras vantagens sobre os métodos convencionais.

Por exemplo, quando usada com luz visível, a nova tecnologia gera um tipo de imagem que permitirá que os cientistas vejam células vivas muito claramente sem a necessidade de estampá-las em lâminas de vidro, um processo que geralmente mata as células.

O novo método também dispensa a necessidade de colocar uma lente muito próxima de uma amostra viva, o que significa que as células poderão ser vistas através de recipientes grossos, como placas de Petri ou frascos.

Assim, as amostras poderão ser acompanhadas à medida que se desenvolvem e crescem durante dias ou semanas, sem que as observações perturbem o processo natural.

Imagens borradas

Há décadas, os microscópios de transmissão eletrônica têm permitido que os cientistas olhem através de um objeto para estudar suas características atômicas internas.

Sua maior limitação tem sido a qualidade relativamente "pobre" das lentes que são usadas para formar as imagens.

"Uma imagem eletrônica ou de raios X típica é cerca de 100 vezes mais borrada do que o limite teórico imposto pelo comprimento de onda," conta Rodenburg.

Pticografia eletrônica

A nova técnica é chamada de pticografia eletrônica, uma espécie de imageamento difrativo.

Sua grande vantagem é a eliminação da lente, com a imagem sendo formada usando programas de computador para reconstruir as ondas de elétrons que se espalham quando passam pela amostra.

"Nós medimos padrões de difração, e não imagens. O que nós gravamos equivale à intensidade das ondas - de elétrons, de raios X ou de luz - que foram dispersadas pelo objeto, o que é chamado de 'intensidade'," explica o pesquisador.

"Entretanto, para formar uma imagem, nós precisamos saber quando os picos e vales das ondas chegam no detector, ou seja, sua fase. O x da nossa descoberta foi desenvolver uma forma de calcular a fase das ondas partindo unicamente de sua intensidade," completa.

O que o programa de computador faz é, ao receber a informação do detector, reconstruir o caminho da onda difratada, identificando as características precisas do objeto que geraram seu espalhamento.

Isto permite uma resolução inédita, porque elimina qualquer aberração antes causada pelas lentes.

Rolha de túnel impede inundações e vazamentos subterrâneos

Há cerca de 20 anos, um pequeno vazamento em um túnel desativado na cidade de Chicago, nos Estados Unidos, quase se transformou em uma tragédia.

Depois de se acumular, a água vazou repentinamente para todo o subterrâneo da cidade, incluindo sistemas de comunicação, energia e gás, chegando até os túneis do metrô.

Cerca de 250 mil pessoas tiveram que ser evacuadas dos prédios na área dessa inundação subterrânea.

Seis semanas depois, quando os túneis ficaram finalmente secos, os prejuízos já alcançavam os US$2 bilhões.

Rolha de túnel

Se o mesmo ocorresse hoje, os engenheiros já teriam uma solução: uma autêntica "rolha de túnel".

O balão cilíndrico inflável é capaz de vedar totalmente um túnel, dando tempo para a drenagem da água ou garantindo a retenção de gases de algum vazamento.

O cilindro inflável pode ser preenchido com ar ou com água, sob alta pressão, garantindo uma vedação completa em poucos minutos.

Quando cheia, podendo conter até 130.000 litros de água, a rolha de túnel alcança 5 metros de diâmetro e 10 metros de comprimento.

As dimensões têm que ser maiores do que o próprio túnel, para garantir a vedação perfeita, já que os túneis não são como canos lisos, possuindo trilhos, canalizações, fiações etc.

Tecnologia espacial

Embora externamente pareça simples, o tampão está para uma câmara-de-ar assim como uma camiseta está para uma roupa espacial.

Para garantir a vedação completa, e a resistência a uma pressão que pode ser muito forte, foram necessárias três camadas com um material que é considerado a fibra mais resistente do mundo disponível comercialmente.

A camada externa é feita de malha de fibra polimérica de cristal líquido, parecida com uma rede de contenção, ao mesmo tempo forte e flexível.

A camada intermediária é feita com a mesma fibra, mas não trançada. Finalmente, a camada interna é de poliuretano, responsável por conter o ar ou a água, sem vazamentos.

Acionamento remoto

A solução foi proposta por engenheiros do laboratório PNNL e da Universidade de Virgínia, e fabricada pela ILC Dover, a empresa que fabrica as roupas espaciais para a NASA.

A rolha fica contida em uma pequena mala, com um sistema de controle à distância.

Seu acionamento é comandado de uma central, que pode ser a central do metrô, do controle de trânsito ou das concessionárias de serviços, dependendo de onde o sistema é instalado.

Graxa de prótons acelera máquinas moleculares 10 milhões de vezes

Os físicos alertam: antes de se aventurar pelos MEMS, nanomáquinas, micro e nano-robôs, é melhor prestar atenção na força de Casimir.

De fato, essa força se torna um problema quando os componentes começam a ser miniaturizados abaixo de determinadas dimensões, consumindo-se pelo atrito depois de poucos ciclos de operação.

Agora os químicos responderam: pisem fundo na miniaturização, que nós temos a solução: uma graxa de prótons.

Ken Shimizu e seus colegas da Universidade da Carolina do Sul descobriram como "lubrificar" máquinas moleculares usando prótons.

Essa "graxa" inusitada levou a lubrificação ao extremo, permitindo que um motor molecular aumentasse de rotação 10 milhões de vezes.

Motor molecular

O motor molecular é formado por anéis de quinolona e sucinimida conectados por um eixo formado por uma única ligação química.

Sua deficiência é que um oxigênio da sucinimida é repelido pelo nitrogênio da quinolona.

Isso significa que os dois anéis do motor repelem-se mutuamente quando seus planos começam a se alinhar, o que faz com que o motor gire muito lentamente.

Entra então em cena o que os cientistas chamaram de "graxa de prótons", que também poderia ser batizada de graxa de hidrogênio.

Os hidrogênios extras, fornecidos por meio da acidificação do meio onde o motor molecular fica imerso, interage com o oxigênio, diminuindo drasticamente o efeito de repulsão, o que resulta em uma incrível aceleração do motor.

Controle das máquinas moleculares

A solução é ainda mais interessante porque o giro do motor pode ser controlado dosando-se a adição de hidrogênio. Para brecá-lo, basta adicionar uma base à mistura.

Embora as máquinas moleculares ainda estejam distantes de aplicações práticas, com a demonstração prática de nanocarros, nanotrens, e até de um nanomotor a pistão, é cada vez maior o entusiasmo entre os nanotecnologistas de que será possível, em um futuro não tão distante, construir nanofábricas moleculares.

Memória flexível, transparente e 3D não perde dados

Chips de memória flexíveis e transparentes estão sendo apontados pelos seus criadores como o caminho rumo a aplicações como telefones celulares que poderão ser enrolados no braço como relógios de pulso.

Isto pode ser possível em pouco tempo, afirma o professor James Tour, químico da Universidade Rice, nos Estados Unidos, em cujo laboratório foram criados as novas células de memória.

Esse novo tipo de memória, que usa o óxido de silício como componente ativo, permite combinar os eletrodos transparentes das telas sensíveis ao toque com outros componentes igualmente transparentes desenvolvidos ao longo dos últimos anos, eventualmente viabilizando o sonho do professor Tour.

Mas talvez não precise ir tão longe. O fato é que as novas memórias são substitutas muito promissoras para as atuais memórias flash, além de várias outras aplicações.

Flexíveis, transparentes e 3D

Além de serem flexíveis e quase transparentes, as células de memória são muito menores do que as atuais, são construídas empilhadas umas sobre as outras, formando um chip 3D, e suportam temperaturas altíssimas, o que as torna candidatas também para aplicações espaciais.

A inovação é uma decorrência de um desenvolvimento apresentado pela mesma equipe em 2010, quando eles construíram nanotransistores de dois terminais, medindo apenas 5 nanômetros, o que é muito menos do que o padrão da indústria eletrônica atual.

Os nanotransistores consistem de canais de cristais de silício puro criados quando se aplica uma forte carga elétrica no óxido de silício, um isolante largamente usado pela indústria eletrônica.

A tensão inicial parece arrancar átomos de oxigênio do óxido de silício.

Como consequência, cargas cada vez menores repetidamente interrompem e reconectam o circuito, transformando-o em memória não volátil.

Um sinal de menor tensão pode ser utilizado para ler a memória, sondando seu estado sem alterá-lo.

Memória empilhada

Desde então, a equipe desenvolveu a memória de dois terminais, permitindo que as células individuais fossem empilhadas em uma configuração tridimensional, e postas sobre um substrato flexível.

A inovação foi apresentada ontem pelo professor Tour durante a reunião da Sociedade Americana de Química.

O pesquisador afirmou que os resultados completos serão publicados em um artigo científico nas próximas semanas.

Coração artificial a turbina mantém paciente sem batimento cardíaco

Por muito tempo se considerou que o sinal de que uma pessoa estava viva era o bater do seu coração.

Ainda que o conceito de morte continue controverso, com preferência pela morte cerebral, os batimentos cardíacos continuam sendo uma marca registrada da vida - senão medicamente, ao menos poeticamente.

Mas nem isso será mais algo necessariamente verdadeiro no futuro.

Logo será possível conviver com pessoas saudáveis, levando uma vida normal, mas que não terão batimentos cardíacos.

Coração artificial a turbina

O aparente "milagre" está se tornando possível graças a um coração artificial que não tem bombas, que sempre geram um arremedo de batimento.

As bombas são substituídas por turbinas, que giram continuamente, produzindo nada além de um pequeno zumbido.

O aparelho vem sendo desenvolvido há alguns anos por uma equipe multi-institucional, mas ainda não havia informações sobre seu uso em pacientes humanos.

Criado primeiro coração artificial integral - ele funciona mas não bate

A equipe dos doutores William Cohn e Bud Frazier, do Instituto do Coração do Texas (EUA), divulgaram agora dados sobre este que é o primeiro implante de um coração artificial a turbina.

Teste inicial

O paciente era um homem de 55 anos de idade, para o qual não restava nenhuma alternativa médica.

O paciente morreu cinco semanas depois da cirurgia, mas devido a outras causas decorrentes de sua doença - os médicos garantem que o coração artificial a turbina continuava funcionando normalmente.

O grupo agora está desenvolvendo um protocolo para o implante, na tentativa de obter autorização para que o dispositivo seja testado em outros pacientes.

Troco de coração ou conserto o velho?

Embora este seja o primeiro teste de um coração artificial que não bate, há vários esforços em andamento na tentativa de criar corações artificiais:

Paciente que recebeu coração de plástico tem alta
Coração artificial brasileiro está pronto para ser usado em pacientes
Coração totalmente artificial salva vida de paciente
Coração artificial começa a ser fabricado na França
Coração semiartificial testará implantes cardíacos e novas técnicas cirúrgicas

Nos casos em que o coração do paciente está ruim, mas não totalmente danificado, as tentativas são no sentido de "consertar" o coração usado.

Células-tronco do próprio paciente tratam coração com infarto
Nanotecnologia usa fios de ouro para remendar o coração
Suporte artificial biocompatível recupera músculos do coração
Cientistas criam "remendo" para reparar o coração

Células da bochecha clonadas reforçam sistema imunológico

Cientistas criaram novas células derivadas do tecido de revestimento das bochechas.

Estas novas células podem ser a resposta que se procura para o tratamento de diversas desordens do sistema imunológico.

Neste caso, os cientistas estão focando não na condição normal, quando o sistema imunológico nos protege das doenças, mas quando ele se vira contra o próprio organismo.

Usando glóbulos brancos do sangue (linfócitos), o sistema imunológico pode atacar células produtoras de insulina, causando diabetes, ou fazer com que o corpo rejeite órgãos transplantados, além de causar as chamadas doenças autoimunes.

Bochechas clonadas

O professor Phil Stephens e seus colegas da Universidade de Cardiff e do Instituto Karolinska descobriram agora um novo grupo de células com uma poderosa capacidade de suprimir a ação do sistema imunológico.

A equipe clonou células do revestimento interno das bochechas dos pacientes.

Testes laboratoriais mostraram que mesmo pequenas doses dessas células clonadas conseguem inibir completamente os linfócitos.

A descoberta sugere que as células da bochecha têm amplo potencial para futuras terapias para doenças relacionadas ao sistema imunológico.

A maioria das pesquisas tem-se concentrado em células-tronco adultas, particularmente aquelas derivadas da medula óssea.

Mas as células do tecido das bochechas são muito mais fortes em sua ação.

Colheita manual

"Nesta fase, estes são apenas resultados de laboratório. Ainda temos que recriar o efeito fora do laboratório e qualquer tratamento ainda vai exigir anos de trabalho. No entanto, estas células são extremamente poderosas e promissoras para combater uma série de doenças," disse Lindsay Davies, membro da equipe.

Além disso, enquanto as células-tronco da medula óssea exigem uma biópsia invasiva, as células da bochecha podem ser recolhidas com uma simples colher.